quinta-feira, 7 de maio de 2015

Nossos Velhos


Deambulando pelas ruas
Desta minha cidade
Deparei-me com pessoas
Já com uma certa idade

Sentadas em bancos de jardim
Com ar triste e abatido
Parecem suplicar um fim
De natureza predefinido

Com olhares frios de amargura
Por outrora ser, quem foram
Apenas esperam a hora
Da chegada da sepultura

É pena que a sociedade
Na sua imensa gratidão
Não tenha a humildade
De ver a solidão

Solidão instalada
Nos nossos velhos de agora
Apenas por não termos tempo
De os abraçar a toda a hora

E é a isto que nos resumimos
Deixar para trás quem nos criou
Retribuir com uns mimos
Alguém que nos sempre amou

Autor: Paulo Ruela

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