Criado a 16/04/2015, este é o espaço de todos os que desejarem, ou necessitarem de começar a reagir a esta Sociedade. No Reagiraki, podemos descarregar as nossas razões e tentar melhorar os males deste Mundo Hipócrita, no qual estamos inseridos. Falar sem medos de tudo e de todos, mas sempre com uma razão como base. Vamos Reagir. Abraço, PR
sábado, 30 de maio de 2015
Amigo
Considerei-te meu amigo.
Mais até, como um irmão,
num sentimento ambíguo,
em que ambos dão sua mão.
A confiança, mutua,
a nossa cumplicidade.
Faziam uma permuta
de uma eterna amizade.
Os segredos bem guardados,
momentos inesquecíveis,
não podiam ser separados
nem nos momentos difíceis.
Mas um dia, tudo mudou.
E sem falarmos sequer,
nossa amizade acabou.
Como as folhas do malmequer.
Enfim as coisas mudam,
e as pessoas também.
Com o tempo os amigos faltam,
só ai vais entender, a importância que um amigo tem.
Autor: Paulo Ruela
sexta-feira, 29 de maio de 2015
O teu lugar sagrado
Chegas a casa, cansado.
Tua cabeça a transbordar.
Sempre mal humorado,
e sem disposição para amar.
Teus filhos chamam por ti,
apenas querem a tua atenção.
Eu quero-te para mim.
Tens a nossa compreensão.
Este é o teu refugio.
O nosso lugar mais sagrado.
Aqui ficas seguro,
serás sempre bem amado.
Desabafa, estamos aqui.
Grita, chora se for preciso.
Apenas queremos de ti,
esse teu lindo sorriso.
Continuas a chegar cansado,
com a cabeça a transbordar.
Mas chegas ao teu lugar sagrado
com vontade de Amar.
Obrigado
Autor: Paulo Ruela
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Penso em ti
Quando penso em ti,
os meus sentidos, despertam.
Vejo-te agarrada a mim,
e os meus braços te apertam.
Ouvindo os teus gemidos,
sentindo o teu calor.
Em momentos tão íntimos,
nossos momentos de amor.
A nossa cumplicidade,
enriquece a relação.
Melhora com a idade
e transforma-se em paixão.
São alguns dos sentimentos,
que encontro dentro de mim.
Os meus sentidos despertam,
sempre que penso em ti.
Autor: Paulo Ruela
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Crianças
São frágeis, e sem maldade,
agindo sem intenção.
A elas pertence a humildade,
que habita em seu coração.
Seus risos, contagiantes,
e uma energia sem fim.
Com imagens, radiantes,
que invadem nosso jardim.
Imaginem como seria,
sua ausência, neste lugar.
O sol desapareceria,
e com ele o seu brilhar.
A vida não teria cor,
nem sequer significado.
Com a falta do seu amor,
e o fim do nosso legado.
Sem elas, nada faria sentido.
Acabariam todas as esperanças.
O mundo estaria perdido,
se não houvesse crianças.
Autor: Paulo Ruela
terça-feira, 26 de maio de 2015
O Grito
De todas as tuas armas,
há sem duvida, uma bem forte.
Atinge teus inimigos,
sem lhes causar a morte.
Tens de a saber utilizar.
A seu tempo e bem sucinto.
Verás, que se vão questionar,
com o poder, desse teu grito.
Se ao teu grito, se juntar,
outros tantos, como o teu.
Eles passam a escutar,
esta voz que Deus nos deu.
Assim acabam por ouvir,
a voz da nossa razão.
Acabando por temer,
o poder dessa união.
Só assim se pode unir,
um Povo bem aflito.
Colocando a sua vontade,
num único e simples...GRITO.
Autor: Paulo Ruela
O tempo da vida
O tempo sempre a passar,
nesta miséria de vida.
E passa tão devagar,
que parece estar perdida.
Adianto a minha hora.
De certo não muda nada.
O tempo não vai embora,
e a vida, não está parada.
Corro para um lugar além,
com a esperança de o conquistar.
A vida não anda bem,
algo vai ter que mudar.
Toda a mudança é bem vinda,
que seja, para melhor.
Pois esta minha vida,
não pode ficar pior.
Ela muda, e sei estar perto,
só tenho que o alcançar.
Esse seu tempo...tão certo,
para a minha vida mudar.
Autor: Paulo Ruela
domingo, 24 de maio de 2015
Sorrisos
Nesta curta passagem,
na vida, dos aflitos.
Nada melhor, para a alma.
Que nossos próprios sorrisos.
Porque havemos de andar tristes,
quando a vida são dois dias.
Tristezas não pagam dividas.
Venham de lá, alegrias.
Há alguma coisa que pague,
o convívio com amigos?
Fazem esquecer nossas mágoas,
momentos nunca esquecidos.
Ficam para a eternidade.
Esses momentos, bem passados.
Que depois de uma certa idade,
são tão bons...serem recordados.
A conclusão a que chego,
É que eles são bem precisos.
Para que se pinte a vida,
com imagens de sorrisos.
Autor: Paulo Ruela
sábado, 23 de maio de 2015
O Desespero
Uma ânsia sem fim,
que não me deixa respirar.
Parece que se apoderou de mim,
e não pára de me controlar.
Já não como.
Não consigo dormir.
Peço a Deus que seja um sonho,
passageiro que vai partir.
Luto com todas as forças,
mas parece ser em vão.
Fecham-se cada vez mais portas,
e abre-se a desilusão.
Não vou baixar os braços,
mas confesso, tenho medo.
A vida é feita de embaraços
entre eles...O Desespero
Autor: Paulo Ruela
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Abraço
Muito mais que um cumprimento,
ou uma simples saudação.
Ele é dado com sentimento,
do fundo do coração.
Quando é forte e apertado,
transmite, apoio, compaixão.
Passa a ser representado,
num sentimento de irmão.
Se for dado com euforia,
isolado ou em conjunto,
representa a alegria,
num contentamento mutuo.
Há aquele mais regular,
e com grande espontaneidade,
apenas n
os quer demonstrar,
toda a sua amizade.
Falta ainda o do Amor,
que é dado à pessoa amada,
ele emana seu calor,
numa relação desejada.
Uma forma de expressão,
sem a qual eu já não passo.
É a voz do coração,
a exprimir-se... num Abraço.
Autor: Paulo Ruela
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Solidão
Chegas desesperada,
com essa má intenção,
de me acompanhar na jornada,
que me entristece o coração.
É sempre nestas alturas,
em que estou mais deprimido,
que chegas sem avisar,
como se fosses um amigo.
No entanto sem que te apercebas,
és tu que me fazes ver.
A falta que o mundo faz,
neste meu entristecer.
Por vezes, surge uma lágrima.
Que molha meu rosto cansado de tanta desilusão.
Transformando-se numa dádiva,
para me chamar à razão.
Desabafo assim contigo,
o que me vai no coração,
choro no teu ombro amigo.
Obrigado... Solidão.
Autor: Paulo Ruela
terça-feira, 19 de maio de 2015
O caminho
Seguindo este meu caminho,
com pedras e alguns buracos.
Dou comigo a caminhar,
em busca desses teus braços.
Encontrei-os por fim, um dia.
E logo te convidei,
andar junto comigo,
este caminho que eu tracei.
Concordas-te, mas com reparo,
e uma chamada de atenção.
O caminho pode estar errado,
anda, dá-me a tua mão.
E juntos lá vamos trilhando,
este nosso, novo caminho.
De mãos dadas, sempre andar,
e o coração bem juntinho.
Autor: Paulo Ruela
domingo, 17 de maio de 2015
Amor de uma Vida
Amor, palavra vaga para tanto significado.
Por vezes triste, por vezes sorridente,
mas basta, um simples abraço,
para transmitir o que sente.
É esta simplicidade,
que o faz tão abrangente,
pois consegue sem maldade,
um Amor sempre diferente.
A sua diferenciação,
torna-o independente.
Pode amar com o coração,
ou só com a própria mente.
Existe um. Bem importante.
Que não termina jamais.
Este amor é tão grande,
de seu nome..."Amor de Pais"
Mas para haver este Amor,
a paixão não está esquecida,
com a união dos dois,
nasce... o Amor de uma vida.
Autor: Paulo Ruela
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Um dia quando eu morrer
Um dia quando eu morrer, não quero que chorem por mim,
apenas quero que admitam,
que a minha vida...chegou ao fim.
Quero que se lembrem da amizade,
que por vocês eu sentia,
e que, recordem com saudade,
toda a minha alegria.
Não quero que se lamentem,
por me terem maltratado,
Isso são coisas da vida,
que ficaram no passado.
Quero que fiquem com a certeza,
que o vosso amor, foi sentido,
Para mim será eterno,
serei sempre o vosso querido.
Pois bem, façam uma festa, em vez de um funeral.
Bebam...Cantem...Riam...Pulem...
Façam a terra tremer,
Só não quero que chorem por mim,
um dia quando eu morrer.
Autor: Paulo Ruela
Quando o Alentejo Canta
Quando o Alentejo canta,
canta com emoção.
Colocando todo o seu Povo,
na sua simples canção.
Povo que nunca o esquece,
e que o trás no coração.
No seu canto, transparece,
esta mútua paixão.
Terra de gente firme,
que encontrou, neste cantar,
uma forma tão sublime,
para a sua Historia contar.
Com voz forte e de união,
bem clara e definida.
Cantando a sua versão,
das amarguras da vida.
E podem passar os anos,
que nada o fará mudar.
Aos cantares alentejanos,
para o seu Povo... Cantar.
Autor: Paulo Ruela
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Perder um Filho
Perpetuamos a ideia, que seremos nós a partir antes do nosso rebento,
mas por razões que a razão desconhece,
por vezes tal não é possível e nem queremos imaginar esse momento.
Quando tal acontece, o nosso mundo desaba,
frente a tamanha monstruosidade.
É-nos retirado, e seja qual for a idade,
o nosso mundo acaba.
A cabeça entra num turbilhão de sentimentos, como, revolta, desespero,
mas nada que possamos fazer, tem o poder de o restituir.
Apenas nos ficam as interrogações...
merecia eu tamanha infelicidade?...teria mesmo de partir?
Desconhecendo as razões,
só nos resta uma certeza,
a tristeza e o vazio, que fica em nossos corações.
E se o seu nascimento,
foi um desejo tão querido,
triste é o sentimento,
de ter de perder um filho.
Autor: Paulo Ruela
Sentimentos
Inseridos na nossa mente, depressa alguns passam para o nosso coração.
Sem nos dar a oportunidade de escolha, nem uma lista de critérios, para tal acontecer,
deixamos que seja ela, a tomar a decisão.
Inundados por sentimentos, cabe-nos a árdua tarefa de os gerir,
nas mais diversas circunstâncias da vida.
Gestão essa que por vezes nos dificulta o discernimento, agindo assim, sem refletir,
causando danos e mágoas, que na maioria das vezes, seriam inevitáveis,
se não fosse ela a decidir.
Somos o executante da ordem vinda da nossa mente.
Mesmo que nos custe a executa-la, e nos rasgue o coração.
Mas estas decisões, têm um fundamento forte,
baseando-se sempre no poder da razão.
São estes sentimentos, que nos fazem ter boas e más emoções.
As boas para recordar, as más para aprender.
Preenchendo assim nossa vida, com amor e desilusões.
Se não houvesse sentimentos na vida,
poderíamos ter a certeza que a mesma,
não valeria a pena...de ser vivida.
terça-feira, 12 de maio de 2015
O Rio da Vida
A idade avança, e com ela os problemas inerentes, a uma vida fatigada e já longa, que nos vai empurrando para o abismo.
Não quero!
Deixa de me empurrar!
Não percebes que ainda luto?
Será que não vês como ainda resisto!
De fora, vendo o que os olhos não querem ver!
Cabe-me apenas conforta-los, com o meu apoio e com meu amor.
Não podendo deixar transparecer,
a minha total ineficácia...para o que lhes está acontecer.
Tentam agarrar o pedaço de tronco que passa por eles na corrente do Rio da Vida,
com a certeza do que já foram,
e a incerteza de como acabam.
Mas eles, com a sua gloriosa velhice,
apenas querem que alguém lhes dê atenção,
carinho, que os oiça e entenda,
e por vezes...lhes estenda a mão.
É esta a missão que nos cabe!
Não esquecendo porém, de instruir aqueles que mais tarde, terão o desafio,
de nos substituir nas margens deste Rio.
Autor: Paulo Ruela
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Destino
As coisas não correm bem.
Se decido algo...está mal...pouca sorte...sensatez.
Tudo o que escolho, não presta, não há forma de acertar,
na minha Vida de vez.
Culpo de imediato o Destino.
Como se tivesse vida própria.
Mas esta realidade comum, a todos aqueles que caíram no infortúnio da desgraça.
Culpa o Destino, com sua conduta imprópria.
Chego assim à conclusão.
Que quem comanda este nosso Destino, atroz,
são as nossas más decisões...as nossas preocupações...as nossa dúvidas,
Apenas na hora da morte, é ELE que decide por Nós.
Autor: Paulo Ruela
A Verdade das Palavras
Oiço, e por vezes não escuto.
A ignorância daquilo que nos querem fazer ouvir.
As palavras são dominadas pelo prazer de enganar, ludibriar, enaltecer e branquear, tudo o que sabemos que nos está a destruir.
Está cada vez mais longínquo, a sua credibilidade.
Pois são manipuladas, por quem tem o dom das palavras,
e com elas esconde toda a sua verdade.
A verdade que nelas está contida.
Os sentimentos, as emoções, os relatos magníficos,
mas só serão importantes, se de facto a verdade, estiver nela inserida.
Palavras...palavras, leva-as o vento.
Mas fica o sentimento de continuar acreditar nelas, nem que para isso tenhamos de voltar aprender o seu significado, treinar o ouvido para estar mais atento.
Não se deixem enganar, por palavras, cuja sua leviandade,
se querem fazer confundir, com a pura da verdade.
Autor: Paulo Ruela
domingo, 10 de maio de 2015
Sair do Ninho
Parece que chegou o momento
Em que começas a voar
Já podes sair do ninho
Sem o Pai a controlar
Para ti, uma aventura
A controlares o caminho
Para mim, uma amargura
Sem te proteger do perigo
Tu és um bom Rapaz
E vai ser, como planeado
Podes agora aplicar
O que o Pai, te tem ensinado
Mas não penses que sabes tudo
Pois tens muito que aprender
Ao caminhares neste Mundo
Aprendes até morrer
Autor: Paulo Ruela
sábado, 9 de maio de 2015
O Mar
Transmite-me tranquilidade
Sempre que o vou contemplar
Gosto daquele seu cheiro
Aquele cheiro a Mar
Sua cor, me fascina
Seus movimentos me embalam
A minha mente flutua
Meus pensamentos divagam
O som por ele transmitido
Tem o cantar da sereia
Que chega vezes sem conta
À praia, beijando areia
A sua imensidão é tal
Que me faz ficar mudo
E sentir, como sou pequeno
Neste seu imenso Mundo
E quando a noite cai
Surge um quadro a representar
O casamento perfeito
Entre a Lua e o Mar
Autor: Paulo Ruela
Alguém que me ame
Vá para onde for
Vejo-me sempre sozinho
Será falta de um Amor?
Ao pé de mim bem juntinho?
Tenho Amigos por todo o lado
Com quem me vou divertir
Mas ninguém fica ao meu lado
Quando resolvo ir dormir
Alguém que me dê confiança
Para desabafar, minha amargura
Alguém que me dê a esperança
De me amar com ternura
Que me ame, não pela aparência
Que me ouça com paciência
Que me ame de verdade
Autor: Paulo Ruela
Dedico estas palavras aos solteirões da Vida
Te Amo
Quando chegas junto a mim
Meu coração vai explodir
Numa ânsia sem fim
Prestes a eclodir
Teu olhar, minha referência
Teu riso minha paixão
Tua voz, uma frequência
Que capta a minha atenção
E o teu cheiro a Rosas
Que activa a minha inspiração
Faz-me pensar só em Prosas
Para te brindar com paixão
Fazes parte do meu jardim
Meu importante ramo
Tu és tudo para mim
Pois é a ti que eu Amo
Autor Paulo Ruela
Dedico este Poema, a minha AMADA
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Dizer Não
Com esta vida agitada,
e este futuro incerto.
A falta de ter emprego,
e a falta de compaixão.
Só existe uma certeza.
A certeza de dizer... Não!...
Não... a tanta pobreza,
de tanta fome na rua.
Onde só os grandes lucram,
com esta triste amargura.
Não...à injustiça,
e a esta desigualdade.
Isto não é Democracia!
Nem tão pouco Liberdade!
Não...à corrupção,
e aos negócios ilícitos.
Que nunca favorecem o povo,
apenas e só os políticos.
Para combater esta corja,
que nos afoga, nos espezinha,
e nos tira da razão
Só existe uma certeza,
A certeza de dizer... Não!...
Autor: Paulo Ruela
Libertar a Mente
Umas das coisas importantes
Seria, controlar a mente
Pois assim os mandantes
Controlavam toda a gente
Mas tal não é possível
Para desgosto de alguns
Fazendo o inadmissível
Para nos deixar, nus
A única liberdade que temos
A única independente
Está na forma de podermos
Libertar a nossa mente
É com ela que pensamos
Pois é ela que comanda
É com ela que contestamos
E derrubamos quem manda
Chega de maltratar
E extorquir toda esta gente
Isto tem de acabar.
Libertem a vossa mente!
Autor: Paulo Ruela
quinta-feira, 7 de maio de 2015
Nossos Velhos
Deambulando pelas ruas
Desta minha cidade
Deparei-me com pessoas
Já com uma certa idade
Sentadas em bancos de jardim
Com ar triste e abatido
Parecem suplicar um fim
De natureza predefinido
Com olhares frios de amargura
Por outrora ser, quem foram
Apenas esperam a hora
Da chegada da sepultura
É pena que a sociedade
Na sua imensa gratidão
Não tenha a humildade
De ver a solidão
Solidão instalada
Nos nossos velhos de agora
Apenas por não termos tempo
De os abraçar a toda a hora
E é a isto que nos resumimos
Deixar para trás quem nos criou
Retribuir com uns mimos
Alguém que nos sempre amou
Autor: Paulo Ruela
Mulher
A mulher é a essência
De toda a nossa vida
E escusa de vir a ciência
Com ideia pré concebida
O que acontece na verdade
É que ela é mais astuta
Tem outra realidade
Uma realidade mais bruta
Pensa com mais pormenores
Dá atenção aos detalhes
E ainda te alerta
Para que desta vez não falhes
A sua inteligência
É fora do normal
Gabo-lhe a eficiência
No desempenho laboral
Mas tem uma fraqueza
Com a qual fica admirada
Nunca a dá como certeza
Mas gosta de ser mimada
Por isso caros amigos
Não percebo a razão
Por não lhe darem mais mimos
E conquistarem seu coração
Autor: Paulo Ruela
quarta-feira, 6 de maio de 2015
O Pescador e o Mar
Terra de pescadores
Gente simples e honrada
Homens trabalhadores
E por Deus abençoada
Fazem do Mar sua casa
Tiram dele o seu sustento
Partem felizes para a faina
Faça sol, chuva ou vento
Deixam em terra a incerteza
Se do Mar vão regressar
Mulheres com a alma preza
Com rezas junto ao Altar
Se um dia essas rezas
Não os puderem salvar
Eles só têm uma certeza
É no Mar que vão ficar
Autor: Paulo Ruela
O Eremita
Subindo pela montanha
Passando por um Eremita
Que me passou a mensagem.
Pára de olhar para baixo
A solução está em cima
Aquelas palavras sábias
Fizeram-me pensar!
Se a subir olho para baixo
Se descer para onde devo olhar?
Ao subir deve olhar
Para o mais alto que conseguir
Pois só assim consegue ver
O que pretende atingir
E quando for a descer
Para cima deve olhar
Pois Ele com sua força
De certo o vai ajudar
Já subi e desci muita montanha
Sempre de cabeça erguida
Pois nunca mais me esqueci
Do que me disse o Eremita
Autor: Paulo Ruela
terça-feira, 5 de maio de 2015
Minha Irmã
Estou com ela desde sempre
E ela comigo também
Partilhando o nosso Amor
Como alguém que se quer bem
Momentos inesquecíveis
Que fazem parte da vida
Mas eis que chega o momento
De uma vida repartida
Tornou- se numa mulher
De bom trato e divertida
Excelente dona de casa
Trabalhadora e decidida
Casou, e teve filhos
E trás a vida no peito
Sempre pronta ajudar
Como foi sempre seu jeito
Para muitos uma Amiga
Para mim o Sol da manhã
Ou não fosse ela para mim
A minha querida IRMÃ
Autor: Paulo Ruela
Os meus Olhos
São eles que me fazem ver
O que quero, e o que não quero
Alegria no florescer
Tristeza no desespero
São únicos, e não me engano.
Únicos que me são leais
Com eles vejo quem mais amo
Com eles vejo, miséria a mais
É com eles que tudo registo
Toda a minha informação
É deles o meu forte grito
É deles a inspiração
Por vezes encho os meus olhos
Provocando uma imensidão
Uma imensidão de lágrimas
Por ver tanta desilusão
Autor: Paulo Ruela
Conversa com a Lua
Um dia, em conversa com a Lua
Perguntei-lhe se poderia ver o Mundo,
Na sua forma mais pura
Está para breve, esse dia
Alarmado com tal resposta
Tendo em conta, a sua prontidão
Perguntei se sobre a minha proposta
Qual era a sua opinião
Admirada, com a minha ignorância
Respondeu-me com altivez.
Não percebes a importância,
Daquilo que o homem já fez
Destrói todo o Planeta
Não respeitando o que o rodeia
Parece um Lobisomem
Em noite de lua cheia
Ele tem de perceber
Como manter o equilíbrio
O Mundo, é como um Filho
Que não se pode perder
Aproveita o meu poder
A minha beleza, acima de tudo
Só assim vais poder ver
A forma mais pura do Mundo
Autor: Paulo Ruela
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Nesta vida de amargura
Uma criança descalça na rua
Sua mãe que pede esmola
Uma vida de amargura
Não sabe o que é a escola
Cresce em ritmo apressado
Sem destino, sem sentido
Não sabe o que é ser amado
Vive num Mundo perdido
Tem o Céu como cobertura
A calçada como colchão
Uma vida de amargura
No prato, uma codia de pão
E é neste desespero
Que faz parte do nosso Mundo
Com o seu olhar frio, de medo
Perante o nosso quase mudo
Vamos deixar de lado o desprezo
Despir a nossa armadura
Não podemos deixá-lo preso
Nesta vida de amargura
Autor: Paulo Ruela
"O Cabo da Boa Esperança"
O que nos reza a Historia
Deste Pais tão pequeno
Recheado de Gloria
E de gente sem ter medo
Descobrimos tantas terras
Desbravamos tanto mar
Vieram depois as trevas
E o povo...Amargurar
Vamos voltar a partir
Desta vez sem a Nobreza
Apenas para fugir
Da nossa triste pobreza
E aqueles que nos ditaram
Este fim anunciado
Parece que se esqueceram
De um povo aventurado
Encontrem as vossas Naus
Arrasem "O Cabo da Boa Esperança"
E façam sentir a justiça
Na ponta da vossa lança
Autor: Paulo Ruela
Mensagem
São nos momentos difíceis
Sejam tristes ou delicados
Que nos vem à memoria
O que diz o seu legado
É ele o nosso apoio
Relembrando a sua mensagem
Com suas palavras sábias
Que nos transmitem coragem
O seu Amor pelo próximo
A sua determinação
Deixa em nós uma alegria
Que fica no coração
A vontade de ajudar
Todos os que estão mais ao pé
Demonstra a nossa paixão
Enaltece a nossa fé
E ele sempre presente
Com a sua imagem de Deus
Ilumina todo o ser crente
E todo o descrente Ateu
Autor: Paulo Ruela
Familia
Ela tem características
Difíceis de igualar
É a ela que recorremos
Quando queremos desabafar
Se nos falta compreensão
Ou até discernimento
Se nos metemos, numa confusão
Ou deveríamos ter um aumento
É ela que nos ouve
É ela que está no meio
É ela que nos acolhe
Bem no centro do seu seio
E estão vocês a pensar
Quem é ela?
Onde vivia?
Ela vive em nossas casas
Ela é...nossa " Família"
Autor: Paulo Ruela
domingo, 3 de maio de 2015
Para ti Mãe
Tu és, para mim a mais forte
A mais bela entre as mulheres
És minha mãe, tive a sorte
A sorte de me escolheres
Muitas das vezes irritante
Achava eu, sem pensar
Mas nunca fiques distante
Nunca deixes de me amar
Claro, que nunca acontece
Mãe não tem esse Dom
Cuida quando adoeces
O seu calor é tão bom
E será, sempre assim
Até ao final da vida
O Amor dela não tem fim
Ela é sempre a nossa querida
Para ti minha querida Mãe
Mil beijos por este dia
Dou-te o meu coração, também
Que te encha de alegria
Autor: Paulo Ruela
Ribatejo
Com sua beleza única
E seu jeito bem simpático
Ele está associado
Ao nosso gosto, tauromáquico
Terra de Cavalos e Touros
De lezirias de encantar
Com suas gentes bem nobres
De tradição secular
Do Campino, ao Forcado
Tendo o Toiro como eleição
Mais o Vinho e o Fandango
Um conjunto de paixão
E se juntarmos a tudo isto
A grandiosidade do Tejo
Clamamos o nosso amor
Pelo nosso Ribatejo
Autor: Paulo Ruela
Homem do Mundo
Dou comigo admirar
Coisas simples, deste Mundo
Árvores que sabem falar
Entre o Homem que é mudo
O Rio que vai correndo
Em direção ao seu mar
E o Homem que vais crescendo
Sem saber como parar
Até o Vento, com cortesia
Vai-nos soprando ao ouvido
Avisando, que um dia
Tudo estará perdido
E quando o Sol com seu brilho
Deixar de iluminar
O Homem percebe o perigo
O Mundo vai acabar
Autor: Paulo Ruela
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