segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sem abrigo


Mais um dia que começa
Nesta selva de betão
E tu no meio do nada
Perdido na solidão

Tens pressa, sem saber porquê
Numa ânsia que te consome
Vagueias pela cidade
Tentando saciar a fome

Andas, páras, observas
Sem objectivos traçados
Falas com uns e com outros
E pedes mais uns trocados

A noite já se avizinha
E com ela o frio gelado
Vagueaste o dia todo
Chegas ao fim já cansado

Perdido no meio do nada
Nesta selva de betão
Embrulhas-te, com a tua tralha
E aninhas-te, na tua caixa de cartão

Mais um dia que acaba.......até quando.......

Autor: Paulo Ruela


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