domingo, 26 de abril de 2015

Adolescência


A dor que sinto no peito
Surgiu sem contemplação
Só de ver esse teu jeito
Rebenta o meu coração

A tua forma de andar
De maneira ardilosa
Acabas por cativar
Uma atmosfera amorosa

Mas depois não queres saber
E não ligas a ninguém
Plantaste e não queres colher
Achas que isto está bem?

Não sei quem te ensinou
Ou tão pouco quem te disse
Se me chamares, já não vou
Não passas de uma aldrabice

Aldrabice bem formada
Pelas curvas já se vê
És a poetisa amada
De um livro, que ninguém lê

Um dia quando quiseres
Alguém para namorar
Não o vais saber escolher
E ele não te vai amar

Fico então com esta dor
Que rebenta meu coração
Não serás o meu Amor
Já não tens contemplação

Autor: Paulo Ruela

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