quarta-feira, 17 de junho de 2015

Renego-me a perder


Deixo o passado para trás.
Encaro o futuro de frente.
Entro numa sala apinhada,
numa fila, cheia de gente.

Sou apenas mais um numero.
Eu, e todos os outros.
Pertence de uma estatística,
mais uma, entre tantos logros.

Por fim chega a minha vez.
Finalmente sou atendido.
Conto o meu infortúnio,
volto para a rua perdido.

Sem esperança, sem futuro.
Perdido na vida, em seus trilhos.
Chego a casa e encontro,
o carinho dos meus filhos.

São eles a minha força.
A razão do meu viver.
É por eles que eu renego,
esta forma, de perder.



Autor; Paulo Ruela



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